Moda Rio 5.0 Summit: evento impulsiona o renascimento da moda carioca com tecnologia e sustentabilidade

Em um dia de palestras e painéis, foram discutidos temas como sustentabilidade, inovação, tecnológica e geração de novas oportunidades, com o objetivo de reposicionar o Rio como polo criativo e cultural no Brasil.

Fotos por Cristiano Juruna

O Moda Rio 5.0 Summit aconteceu nesta segunda-feira, 4 de novembro, na Casa Firjan, em Botafogo, reunindo os principais nomes do setor de moda e inovação para uma série de painéis e atividades focadas em revitalizar a indústria fashion do Rio de Janeiro. O evento, organizado pelo Moda Rio, sindicato filiada à Firjan, trouxe temas essenciais para o futuro do setor, como sustentabilidade, inovação tecnológica e estratégias para consolidar o Rio como um polo de moda e cultura. Com uma programação repleta de discussões e experimentações práticas, o summit atraiu mais de mil participantes e reafirmou o papel do Rio de Janeiro como celeiro criativo e cultural do Brasil.

O summit teve início pela manhã, com sessões exclusivas para convidados e líderes da moda carioca. O evento começou com um café da manhã que facilitou o networking entre empresários, representantes do governo e jornalistas especializados. Às 10h, Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, deu início às falas, destacando a importância do evento para o reposicionamento do Rio de Janeiro na moda nacional e internacional. “A tecnologia é o caminho para a inovação na moda. O Rio tem tudo para se tornar uma referência, e o Moda Rio 5.0 é o primeiro passo dessa jornada”, afirmou.

Na sequência, Victor Antônio Misquey, presidente do Moda Rio, ressaltou o momento histórico para a moda carioca. "Queremos unir esforços para que o Rio retome o seu protagonismo no setor, gerando empregos e atraindo turistas. Este evento é o ponto de partida para uma transformação significativa", declarou.

Foto por Cristiano Juruna

Manhã de debates: Moda, cultura e economia em pauta

Às 10h30, Carlos Tufvesson, presidente do Conselho da Moda da Prefeitura do Rio, participou de uma discussão sobre o “novo momento da moda carioca”, ao lado de Marcel Balassiano, subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura do Rio. Tufvesson relembrou que, no passado, o Rio ditou tendências nacionais e que a cidade agora tem a oportunidade de reinventar esse papel, agregando inovação e sustentabilidade. “O Rio sempre teve sua própria identidade, é um lugar onde a moda não é apenas uma roupa, mas um estilo de vida”, comentou, ao citar que o próprio Fashion Rio foi fundamental para a projeção de muitos profissionais.

Olivia Merquior, CEO da Iara e curadora do evento, reforçou que as novas tecnologias e a formação de uma mão de obra especializada são fundamentais para o crescimento da moda carioca. Ela afirmou que a convergência entre moda e tecnologia pode gerar novas carreiras e inovar a cadeia produtiva.

Seguindo a programação matinal, Tatiana Ribeiro, head de estratégia e marketing do Rio2C, e Luciana Potsch, diretora executiva do Rio Innovation Week, discutiram a importância da moda em grandes eventos de inovação e seu impacto na economia criativa. Elas destacaram que o Rio precisa explorar mais esses eventos como uma forma de projetar seus talentos e atrair investidores. A programação matinal foi encerrada com a mesa “Construção das propostas para o Moda Rio 2025”, onde Ulisses Betbeder e Olivia Merquior conduziram uma análise das expectativas para os próximos anos, pensando em ações práticas e em parcerias para garantir a modernização do setor.

Tarde aberta ao público: Inovação e tecnologia no centro das atenções

A partir das 13h30, a programação foi aberta ao público, com sessões temáticas voltadas para sustentabilidade, gestão de negócios e inovação tecnológica. A primeira sessão, “A Revolução da Sustentabilidade: O passaporte de produto digital”, apresentou como o blockchain e outras tecnologias estão sendo aplicadas na rastreabilidade de produtos, promovendo uma cadeia produtiva mais responsável. Alisson Calgaroto, diretor de tecnologia do Grupo Soma, e Olivia Merquior lideraram o debate, explicando como essas tecnologias ajudam a aumentar a transparência nas práticas das empresas e a responder melhor às demandas dos consumidores conscientes.

Em seguida, o tema da vez foi a inteligência artificial no atendimento ao cliente, discutido no painel “Chatbot 5.0: O futuro da comunicação com inteligência artificial”. Flávia Peres, fundadora da Euvatar, e Olivia Merquior explicaram como os chatbots e assistentes virtuais estão remodelando a forma como as marcas interagem com seus clientes. A ideia é que, com essa tecnologia, as marcas possam criar uma experiência de atendimento personalizada e eficiente, um diferencial importante no cenário competitivo da moda.

O painel “Tomada de decisões inteligentes: Tecnologia e dados” foi outro destaque da tarde, abordando como a análise de dados pode tornar as decisões das empresas mais precisas e ágeis. Juliana Ferré, cofundadora da uMode, discutiu as ferramentas que permitem uma gestão otimizada, com foco em melhorar a eficiência operacional e obter uma visão mais detalhada das tendências de consumo. A aplicação da análise de dados, segundo os palestrantes, é essencial para que as empresas brasileiras possam competir no mercado global.

Criatividade e Comunicação: O impacto da tecnologia na criatividade

Após um breve intervalo, a programação seguiu com a segunda parte dos talks, intitulada “Criatividade e Comunicação”, onde foram discutidas as novas ferramentas tecnológicas que estão expandindo as possibilidades criativas da moda. Às 15h30, a mesa “Tecnologia na liderança e gestão de equipes criativas” explorou como os avanços digitais estão ajudando a organizar equipes e a promover uma cultura de inovação. Olivia Merquior, CEO da Iara e Henri Moi, head da BRIFW, explicaram os desafios de integrar a tecnologia ao cotidiano dos times criativos e como essas ferramentas ampliam a produtividade e a originalidade.

Em “Como expandir a criatividade através de novas inteligências”, às 16h, Hanna Inaiáh, artista e especialista em inteligência artificial, demonstrou como a IA generativa e outras tecnologias emergentes permitem explorar novos formatos de expressão artística. Para os profissionais da moda, essa interação com a tecnologia abre possibilidades infinitas para a criação de produtos únicos e surpreendentes.

Outro momento marcante foi o painel “A potência criativa da tecnologia nas favelas cariocas”. Alessandra Silveira, diretora de parcerias da Gerando Falcões, Gean Guilherme, fundador da 2050 e Luan Guilherme, diretor de moda da 2050, discutiram como a tecnologia está fortalecendo a produção artística e cultural nas comunidades do Rio de Janeiro. Silveira destacou o potencial das favelas para inovar e criar tendências, trazendo uma perspectiva social importante para o debate sobre o futuro da moda carioca.

O evento foi encerrado com a sessão “As novas carreiras da indústria de moda no Rio de Janeiro”, onde artistas digitais como Priscila Nassar e Je Kos abordaram como a transformação tecnológica tem impulsionado o surgimento de novas ocupações e habilidades. A conclusão foi que as mudanças no setor demandam profissionais com competências específicas, incluindo a capacidade de lidar com inteligência artificial e modelagem 3D, essenciais para as grifes que desejam se destacar no mercado.

Além da programação de talks, partir das 13h, participantes puderam imergir em um ambiente de experimentação e aprendizado, onde artistas, desenvolvedores e startups apresentaram soluções em áreas como realidade estendida, inteligência artificial e blockchain. Negócios inovadores apresentados por startups como:

  • AfroPerifa - Inteligência artificial e moda

  • Arteepura - Acessórios digitais

  • Badauê - Plataforma de inovação Cultural

  • Dobro - Totem AR

  • EdMarola - Artista digital

  • Iago Cruz - Artista digital

  • Pedro Leal - Desenvolvedor criativo

  • Priscila Nassar - Artista digital

Em um único dia, o Moda Rio 5.0 Summit ofereceu aos participantes uma visão abrangente sobre o futuro da moda no Rio de Janeiro, com discussões profundas e experiências práticas. Para Victor Antônio Misquey, presidente do Moda Rio, o summit foi apenas o começo de uma jornada que visa transformar o Rio em um importante polo de moda e cultura nos próximos anos.

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