O que o 5G e o metaverso têm a ver com a moda? Tudo!

Revista GQ, por Guilherme Venaglia, destaca domínio das tecnologias para empreendedores do segmento de moda beleza e cultura e aposta em realidade aumentada

BRIFW - Tecnologia, moda e cultura

A implementação da tecnologia 5G, prevista para acontecer nas capitais brasileiras até julho de 2022, vai incentivar as transformações no mundo da moda. Verdade ou mentira? Segundo Olivia Merquior, fundadora Brazil Immersive Fashion Week, evento focado em moda digital e moda imersiva, sim.

"Estamos saindo de uma experiência digital, acessável com o dedo, para uma experiência imersiva. De um ambiente bidimensional para um ambiente tridimensional. Tudo isso demanda uma conexão com mais velocidade e menos latência, o que hoje não é a realidade do Brasil e vai passar a ser com o 5G", diz Merquior à GQ Brasil.

Mas como assim, "moda digital", "moda imersiva"? A responsável pela BRIFW parte do princípio de que estamos falando de um conceito amplo de moda, que vai além das roupas e fala de estilo como um todo, incluindo maquiagem, tatuagens e mais.

BRIFW - Tecnologia, moda e cultura

O conceito de "moda digital" já é algo mais do presente e menos do futuro, com a lógica de roupas que possam ser "experimentadas" -- por exemplo, sendo acrescentadas em uma imagem. Já a experiência imersiva explora a ideia de realidade aumentada, indo ao limite em que você possa "entrar" em um ambiente, como um desfile, no caso do evento, e participar mesmo estando à distância.

Para marcas, as possibilidades parecem ser infinitas. Desde situações como essa, da participação in loco de um desfile, até amostragens e testes de roupas em situações imersivas, que permitam uma experiência diferente de compra.

Aqui nós esbarramos no conceito de metaverso, popularizado nas últimas semanas por ser a nova obsessão de Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e dono do Instagram e do WhatsApp. O empresário mirou seus canhões para esse caminho e já entendeu que essa é a nova seara de negócios que quer dominar.

Metaverso é, em síntese, uma realidade paralela, acessada a partir de dispositivos digitais. No caso do BRIFW, mesmo que ainda estejamos distante de explorar todas as potencialidades dessa ferramenta, o público já poderá assistir aos desfiles em salas virtuais, se deslocando dentro do espaço como um avatar.

"Uma marca cria um mundo à parte, que pode ser acessado via realidade virtual, como em um óculos de realidade aumentada, ou pela própria tela do computador", explica Merquior, que define o evento como um "ecossistema de metaversos".

Os desfiles do BRIFW acontecem neste sábado (30), com transmissão pelo site do evento e pelo YouTube, a partir das 17h. No palco, marcas do Brasil e de outros países da América Latina, como Lucas Leão, Arco, Hist, Nove, Zebra, Angelo Castro e Annaiss Yucra, vão expor suas coleções. A participação no metaverso dos desfiles será restrita a convidados.

Ao longo da semana, entre terça-feira (26) e sexta-feira (29), uma sequência com 20 paineis acontece, com transmissão nos mesmos canais. Entre os temas, tecnologias vestíveis, o leilão do 5G e o futuro do varejo de moda, dentre outros. A programação completa pode ser conferida no site do evento.

Anterior
Anterior

BRIFW+WIRED Conference ocupa espaço em São Paulo para dois dias de discussões sobre tecnologia

Próximo
Próximo

2ª edição da Brazil Immersive Fashion Week acontece de 26 a 30 de outubro